O que foi a SFW – SLOW FASHION WEEK?
A SFW nasceu com a proposta de criar um espaço de reflexão e partilha, onde moda e sustentabilidade se encontrassem de forma prática e real. A ideia era simples e poderosa: partir da tradição da costura nacional para questionar, reinterpretar e valorizar o que somos — enquanto criadores, consumidores e herdeiros de uma cultura de circularidade que sempre existiu no nosso povo.
A iniciativa partiu da Matilde Gomes, uma mulher de talento incontestável, com uma longa trajetória no ramo da boa costura. Uma criativa nata, que respeita o passado sem se prender a ele, e que abraça o presente com uma visão inspiradora.
A proposta foi prontamente abraçada pela BlueCat – Engenharia e Soluções, pois o conceito vai ao encontro do que defendemos em todos os níveis: ser criativo e ser sustentável a partir do simples que funciona, dos hábitos ancestrais e da valorização daquilo que já temos. O que hoje se chama “sustentabilidade”, nós conhecemos há gerações como circularidade.
As atividades da SFW foram pensadas para promover o debate e o envolvimento entre profissionais, académicos, instituições universitárias, empresas e, claro, o público em geral — aproximando o tema da sustentabilidade da realidade do dia a dia.
O que a SFW me trouxe de valor agregado?
Os aprendizados foram inúmeros, mas destaco alguns pontos que considero essenciais:
- Formalizar o projeto por escrito, com orçamento e plano definido, trouxe clareza para todos os envolvidos. Esse documento tornou-se a base do desenho criativo e operacional.
- O propósito e a forma de o comunicar são determinantes: pessoas se conectam com ideias que inspiram e fazem sentido.
- Alinhar expectativas com os parceiros desde o início é crucial — isso define o nível de sucesso de um evento e fortalece a credibilidade.
- As relações e as redes de conhecimento são pilares fundamentais para que as coisas aconteçam.
- Ter uma lista de tarefas estruturada é importante, mas pouco eficaz se os intervenientes não a incorporarem e assumirem o compromisso coletivo.
- As parcerias funcionam, desde que as expectativas e os propósitos acordados se mantenham presentes ao longo de todo o processo.
Cada projeto é uma oportunidade de aprender, de ajustar rotas e de crescer — e a SFW foi exatamente isso: um exercício de construção coletiva e de clareza de propósito.